Oficina de Comunicação Não-Violenta na Cidade das Bicicletas

Por que é que, em determinadas circunstâncias, algumas pessoas recorrem a comportamentos violentos? Por que é que, nas mesmas circunstâncias, outras pessoas não o fazem?

Motivados por perguntas tais como essas duas, pessoas tem pensado, pesquisado e praticado, em todas as culturas humanas, formas de agir e de perceber que nos ajudem a evitar a violência. E foi fazendo essas duas perguntas que o psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg iniciou, há 48 anos, seu trabalho no que veio a chamar de Comunicação Não-Violenta (CNV) – uma metodologia que procura pôr em prática a busca de nos conectarmos uns aos outros para que lidemos efetivamente com nossos problemas de maneira não-violenta.

A não-violência é uma prática para a vida. Não é de uma hora para a outra que podemos dizer que nos tornamos não-violentos. Nem sei se é possível dizer que alguém torna-se assim. É uma busca constante.

Da mesma forma, a Comunicação Não-Violenta, como outras metodologias com a mesma intenção, é uma pesquisa para a vida. Mesmo assim, há algumas ferramentas que podem ser adquiridas rapidamente, e que podem nos ajudar a lidarmos  de maneira diferente com as situações que se apresentam.

A vontade de oferecer essa oficina veio da ideia de que todos nós teremos um desafio extra nessa próxima Massa Crítica: um número muito maior de participantes. Em uma cidade que andou vendo uma boa quantidade de situações a inflamarem os encontros do trânsito. Existem muito investimento na criação da “imagem do inimigo”, e as dinâmicas de “nós contra eles” são um paradigma comum a regrar nossos contatos.

Acreditamos que a Massa Crítica é uma manifestação pacífica, uma celebração da bicicleta no ambiente urbano. E acreditamos que uma atuação pacífica é muito mais estratégica para gerar mudança cultural. Por isso, sentarmos juntos para conversar sobre esses assuntos pode nos ajudar, na próxima Massa, que convidemos uns aos outros a lidar com qualquer embate de forma saudável, quiçá divertida. E o mais propensa que for para gerar mudança em direção a um trânsito mais agradável, mais integrativo, mais voltado para as pessoas.

Essa foi a inspiração da oferta dessa oficina. Como a CNV é a forma mais concreta e efetiva que eu conheço de realizar esses deslocamentos de visão, é natural para mim sugerir que conversemos sobre ela, a utilizando como um suporte possível para as mudanças que quisermos trazer. Portanto, convido a todos que estiverem dispostos a um roda sobre esse assunto a estarem na Cidade das Bicicletas, Rua Marcílio Dias, 1091, na próxima Quarta-feira, dia 23 de Março a partir das 19:00 horas.

A oficina é gratuita, e sugiro que, como forma de contribuição, cada um leve um lanchinho para pôr na roda.E o mate também é bem-vindo! :]

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12 respostas para Oficina de Comunicação Não-Violenta na Cidade das Bicicletas

  1. é com muito pesar que eu aviso que tenho reunião no colégio, ,este horário, portanto não irei… que inveja!!! gostaria mesmo de estar lá e discutir muita coisa neste bate-papo. Uma dica: quem anda de bicicleta tem muito mais controle sobre sua vida. já outros…

    abraço e boas pedaladas nesta semana

    caju

  2. marta disse:

    que iniciativa legal!!!!
    parabéns!!!!
    não poderei estar lá pq tenho trabalho bem na hora, mas vou divulgar bastante!!!
    abrs p tds!!!

  3. Aires Becker disse:

    Como está a preparação para o MC desta próxima sexta?
    Tenho falado com muita gente que nunca foi e que agora vai ir, acho que vai muita gente.
    Hoje foram mais de 2.500 pessoas no passeio da zona sul!
    Temos que motivar a sociedade e o governo.
    Abraço.

  4. Gustavo Melo disse:

    Vocês acham que isso é comunicação não violenta ? https://massacriticapoa.files.wordpress.com/2011/03/amarelo_17.jpg?w=391&h=304

    uma imagem que ao invés de apoiar a utilização pacífica e ordenada de um espaço público POR TODOS CIDADÃOS INCLUSIVE OS PEDESTRES, ela traz uma mensagem de CONFLITO e provocação, como se ninguém mais tivesse o direito de utilizar a rua (cadeirantes, pedestres não são parte e não podem, a imagem mostra uma bicicleta e um dizer “a rua é nossa”)

    Lamentável, imagem infeliz, certamente nada a ver com exemplos de nações realmente EVOLUIDAS na questão do transporte por diversos meios.

  5. André Carvalho disse:

    Não sei porque cargas d’água achei que seria na semana que vem. Eu tinha me programado pra ir, ainda mais que seria num dia que eu não tenho aula.

    Que pena, espero que possam haver mais destas oficinas.

  6. Felipe Koch disse:

    O Gustavo Melo faltou as aulas de interpretação de texto do primário, ou a educação do país está pior do que imaginávamos. Analfalbetismo funcional.

  7. Sérgio disse:

    É, realmente, a frase ficou ambígua. Quem desenhou obviamente estava se referindo a todos, a rua é pública. Ninguém diria que a rua é dos ciclistas, não faz sentido.
    O ilustrador realmente poderia ter utilizado “de todos” pra evitar leituras errôneas.

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